Fernando Seffner

DESENHANDO O PERFIL DE UM BOM PROFESSOR/UMA BOA PROFESSORA DE ENSINO DE HISTÓRIA: FAÇA A CRÍTICA DA LISTA DE CRITÉRIOS QUE SEGUE, E ACRESCENTE SUAS OPINIÕES
Fernando Seffner
UFRGS


Mas afinal, o que é ser um bom professor ou professora de ensino de história? É possível fazer uma lista de itens, um perfil, um modelo, do que é ser bom professor ou professora de História? E onde fica a originalidade de cada um? E onde fica o aspecto pessoal que cada um imprime no seu fazer docente? E existem diferenças entre homens e mulheres no desempenho da profissão? Neste texto, ora falamos em professores, ora em professoras, para lembrar que existem homens e mulheres que dão aulas de História.

Mesmo ciente dos problemas desta tarefa, vou arriscar alguns tópicos que a meu ver são importantes quando penso em um bom profissional de ensino de história. Dou os primeiros lances do jogo, fruto da experiência de muitos anos (aliás, décadas), supervisionando estágios, assistindo aulas de estagiários de ensino de história junto ao curso de Licenciatura em História da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. De tanto assistir aulas de ensino de história, terminei montando uma lista de quesitos que me parecem importantes quando penso no chamado “bom professor de história”. Está aberta a discussão sobre o tema, sinta-se à vontade para acrescentar elementos na lista, propor a retirada de elementos da lista, criticar elementos da lista. Enfim, o simpósio é para debate, e estamos entre colegas, é aqui o lugar para fazer a crítica, a auto-crítica, avançar nossos conhecimentos e percepções sobre o tema. Melhor que nos critiquemos entre nós, do que deixar os outros nos criticarem. Os ítens não estão em ordem de importância, mas você pode sugerir uma hierarquia de importância em seu comentário.

1) A pessoa tem que gostar de história, gostar de ler histórias, ter curiosidade pelo que aconteceu no passado, gostar dos detalhes de certas histórias, ser até um pouco fofoqueiro com a vida privada na História. É bom também ter preferências em certos temas. Os alunos gostam quando se dão conta que o professor é apaixonado pelo Egito Antigo, e consegue falar sobre o tema por muito tempo. Ou quando conhece muito sobre o amor romântico na Idade Média, e se põe a falar sobre isso. Não adianta, uma boa professora de história é também uma contadora de histórias. E para isso tem que gostar. Qual seu jeito de gostar da História? Qual sua opinião sobre este ítem? Você se enxerga sendo professor de outra disciplina?

2) Tem que se ligar nos acontecimentos do presente. É no presente que vivem os alunos, e nós mesmos vivemos no presente. Tem que saber discutir questões atuais, mas não deve transformar a aula de história em reportagens eternas do contemporâneo. Mas é muito bom quando, a partir de alguma coisa que está incomodando no presente (por exemplo, as denúncias de corrupção dos políticos), o professor consegue trazer modos em que povos do passado enfrentaram o tema (por exemplo, as estratégias que os romanos criaram para controlar os governadores das províncias distantes). A História é uma das disciplinas escolares mais propícias ao debate dos temas contemporâneos, e isso implica que professores e professoras de História precisam acompanhar de modo pelo menos razoável o que se passa no mundo, em particular o que diz respeito as culturas juvenis.

3) Um bom professor de História evita opiniões apressadas. Ele sabe que diferentes povos mostram costumes diferentes. E ele sabe que cada cultura deve ser entendida em suas particularidades no tempo e no espaço, evitando julgamentos apurados. A boa professora de História toma cuidado em lidar com o particular (cada povo, cada cultura, cada época, os costumes próprios dos grupos sociais ao longo do tempo), e ao mesmo tempo em ligar com o geral (trazer elementos do passado para ajudar a pensar situações do presente, mas evitando comparações apressadas e anacronismos). Depois de estudar um certo costume em muitos povos (por exemplo, os modos como se celebravam contratos de casamento em diferentes culturas, mesmo reconhecendo que isso pode ter tido valor diverso em culturas diversas), apenas então o professor de História sabe que os alunos estão prontos para reflexões de ordem mais abstrata e genérica. Enfim, um bom professor de história sabe quão complicado é entender o humano, a humanidade.

4) Uma boa professora de História não esquece em momento algum que há conexões muito fortes entre conhecer a história e reivindicar seus direitos de cidadania no presente. Boa parte da história da humanidade é uma história de luta de grupos sociais por direitos, por reconhecimento, por legislação de proteção, pela possibilidade de viver com dignidade. Não é possível deixar de perceber que ao estudar revoltas camponesas no período da Reforma da Igreja estão presentes elementos que tem a ver com a luta pela terra nos dias de hoje. Não se trata de pensar que a história é sempre igual, mas claro está que certos enfrentamentos entre grupos sociais guardam semelhanças no tempo e nos diferentes espaços, e um bom professor de história é atento a isso. Se por um lado devemos evitar comparações apressadas e frases que matam a história (do tipo “pobre sempre existiu na história”), por outro lado não devemos deixar de discutir com os alunos a persistência de lutas, reivindicações, conflitos, estratégias de paz, de dominação. Pensar as ações acontecidas ao longo da história como experiência da humanidade, que não pode ser desperdiçada, e precisa ser aprendida e reconhecida.

5) Um bom professor de história se preocupa em fazer com que seus alunos não apenas aprendam fatos do passado, mas busquem se posicionar frente a eles. Não se trata de apenas ensinar que existiu o holocausto dos judeus durante a segunda guerra mundial, ou o extermínio de povos indígenas no momento da colonização das Américas. Também se trata de pensar estas questões do ponto de vista ético e político. Não se trata apenas de estudar que o Brasil passou por uma ditadura militar que praticou a tortura de modo brutal, mas se trata também de discutir isso do ponto de vista das relações humanas. Não estamos apenas ensinando história, estamos tentando produzir sujeitos sensíveis ao sofrimento humano, sujeitos que lutem para viver em regimes democráticos, onde a injustiça seja combatida, onde cada um possa viver sem ser discriminado por suas ideias e opiniões. Uma aula de história é muito mais do que acumular conhecimentos, e um bom professor se dá conta disso, e busca provocar que os alunos se sensibilizem com estes temas. Claro está que isso pode dar origem a grandes debates em sala de aula, pois alguns vão dizer que não há problema em torturar alguém ou aplicar a pena de morte, e outros vão dizer que não se deve fazer isso. O professor vai então conduzir o debate, trazendo elementos históricos para ajudar na reflexão. Porque o bom professor de história sabe que em sua aula a história abre janelas para pensar projetos políticos e projetos pessoais. Cada aluno ou aluna está ali também enfrentando sua própria condição humana, colocando em xeque seus valores políticos, comparando o que pensa (e que muitas vezes traz a marca do pensamento da família) com o que os colegas pensam.

6) Em conexão com o ítem acima, um bom professor de História organiza sua aula de modo que cada um se sinta respeitado nos debates. A prática de uma sala de aula democrática é muito importante para os professores das ciências humanas, e da História em particular. Os alunos poderão esquecer tópicos que foram estudados, mas se lembrarão que tiveram a oportunidade de dar sua opinião, foram respeitados nisso, e foram ensinados a respeitar a opinião dos colegas. A aula de história não é uma doutrinação, ela é um momento de debate sobre experiências do passado. Claro está que um professor pode sofrer por perceber que um aluno tem posturas políticas muito conservadoras, machistas, preconceituosas com raça ou religião. Mas ele sabe que não será através de uma estratégia autoritária que se conseguirá a mudança. O bom professor de história aposta no debate, e traz elementos para ajudar a pensar.

6) Uma boa professora de História sabe do valor das parcerias com as demais disciplinas. Há muitas possibilidades de bons estudos de história com a Literatura, com a Geografia, com as Ciências, com os estudos da religião, e até mesmo com a Matemática, vale lembrar que o algarismo zero tem uma história das mais interessantes em diferentes povos e culturas. Mais do que ficar dizendo aos alunos que a história é a disciplina mais importante do mundo, o bom professor de história estabelece parcerias e mostra que a história está presente em muitos lugares, inclusive nas demais disciplinas escolares.

7) Gostar de museus históricos, conhecer a história de sua cidade, saber sobre os monumentos, tradições, nomes de ruas do local onde se vive, conhecer pessoas e fatos que foram marcantes para criar a cidade ou o bairro onde se mora, tudo isso distingue também um bom professor de História. É o sujeito que sabe que a história não está apenas no distante, no longe, mas que o mundo que nos cerca está completamente lotado de objetos, jeitos de ser, tradições, ditos populares, costumes políticos, alimentos preferidos, modos de lidar com a higiene, a saúde e a doença, e que tudo isso é história. Se encantar com isso, se divertir com isso, são marcas de um bom professor. A história também serve para a gente se divertir, para ter assunto em conversas sociais, para falar de curiosidades do local onde vivemos, de nossa família mesmo. Não tenha dúvidas, um bom professor de história tem algo de fofoqueiro, gosta de saber das relações humanas, de povos e de países, e inclusive do que está ali, logo ao alcance do ouvido e do olhar. Isso ajuda a desenvolver nos alunos uma curiosidade sobre o passado, e evita que fiquemos reféns do presentismo, mergulhados em um eterno presente, sem espessura para reflexões. Quem acha que o mundo é apenas o que vemos, quem não se dá conta da presença da história na estruturação do mundo, é definitivamente um alienado, e um bom professor de história luta para que seus alunos não sejam assim, e para que ele mesmo não viva num presentismo.

8) Numa aula de história não se ensina apenas história, mas se ensina a pesquisar o passado, e a reconhecer a presença da história no presente. Desta forma, um bom professor de história ensina que se deve ter atenção a detalhes, a vestígios dos antepassados (que podem estar presentes de modos muito diversos na estruturação do nosso presente). Há na pesquisa histórica conjuntos de métodos e de estratégias, e isso se ensina também na aula de história, evitando que os alunos fiquem com a impressão de que “cada cabeça é uma sentença”, e que podem dizer o que bem entenderem acerca do passado, como infelizmente lemos muitos nos jornais e vemos muito nos programas de televisão. Sabemos que não há como reconstruir o passado na sua exatidão, essa é uma posição positivista já superada. Mas também sabemos que é possível se guiar por métodos e estratégias que garantem a qualidade da pesquisa histórica.

9) Por fim, ficam algumas provocações. O bom professor de história é necessariamente de esquerda? Ele é progressista? Existe possibilidade de um bom professor de história ser de direita? O bom professor de história sempre faz greves e sempre se posiciona politicamente? O bom professor de história é sempre contra o capitalismo?

Fica aqui o convite para cada um se posicionar frente aos tópicos da lista, para acrescentar ou retirar. E fundamentalmente para dizer de si, dizer como se sente sendo professor de História, o que lhe passa pela cabeça, quais os bons professores que admiramos em nossa área? O que definitivamente não podemos admitir como marca de um professor de história? O que já foi considerado muito bom em um professor de história (por exemplo, saber toda a história de cor e salteado) e hoje não é mais uma característica apreciada? O bom professor de história participa das redes sociais? Tem um blog onde registra suas opiniões? Qual a função de ter facebook na estruturação de um bom professor de História?

Vamos ao debate!

70 comentários:

  1. DESENHANDO O PERFIL DE UM BOM PROFESSOR/UMA BOA PROFESSORA DE ENSINO DE HISTÓRIA: FAÇA A CRÍTICA DA LISTA DE CRITÉRIOS QUE SEGUE, E ACRESCENTE SUAS OPINIÕES
    Fernando Seffner
    UFRGS

    1. Ao afirmar que “A aula de história não é uma doutrinação, ela é um momento de debate sobre experiências do passado.”, o autor deixa claro que o professor de história não deve impor suas idéias, mas levar o aluno a pensar e repensar suas atitudes e seus conceitos. No entanto, temos diversos professores de história, bem como de outras áreas que se colocam como donos da verdade. Como resolver essa situação?

    Maria Izabel Nogueira – Campo Mourão

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    1. Maria Izabel, de fato a tentação de fazer da aula de História uma doutrinação é grande. Toda vez que uma pessoa está frente a uma classe de jovens, há a tentação de pensar que se sabe mais, e impor o conhecimento. Vale então lembrar que a fronteira entra a discussão histórica e a discussão política é tênue, o professor sabe história, sabe ensinar história, orienta as atividades em sala de aula. Mas o professor pode ter, em um debate, um aluno que discorda de suas posições políticas, o que sempre nos causa desconforto. Nos dias que correm, com o debate político aceso em todo o país, certamente esta é uma situação que acontece muito. Então vale lembrar que é muito importante mostrar ao aluno que o debate é democrático, que o professor discorda de sua posição, mas que não lhe hostiliza. É um exercício quase Zen eu diria, ainda mais em um país acostumado com a cultura autoritária de impor opiniões. O professor deve fazer um esforço para entender porque o aluno pensa daquela maneira, o que acontece com pessoas jovens que não acreditam na democracia, e se posicionam a favor de regimes autoritários, medidas punitivas. Esta aí a chave para talvez fazer mais adiante uma atividade, e colocar em discussão porque as pessoas pensam do jeito que pensam. Fizemos uma vez uma atividade com a pergunta “quem são meus heróis” para alunos e alunas, eles escohiam três e tinham que argumentar porque, falar das características políticas, foi muito bom. O professor não deve afastar o aluno, deve perceber que ele está em formação. Abraços e bom trabalho.

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  2. Gustavo Silva de Moura10 de maio de 2015 às 15:17

    Às vezes inconscientemente entramos numa história como se tivéssemos presentes nos fatos que tentamos mostrar para nossos alunos.
    Devemos estar atualizados sempre, na minha própria experiência de estagio tive a oportunidade de conviver com uma professora que só desejava terminar sua aula e sair de lá, via claramente esse desprazer, isso fazia com que as conexões com outras áreas fossem inexistentes.
    Também devemos tomar cuidado para não nos tornarmos o que está na moda (moda passa) a alguns anos, temos jornalista tentando escrever história, em alguns casos estereotipando a história a transformando em uma simples historinha. Devemos lançar um olhar critico reflexivo e social sobre os acontecimentos e levar nosso aluno a fazer o mesmo e não somente contar um fato.
    Muito interessante os tópicos mostrando nesse texto e isso me instigou a uma pergunta: Professor será que no meio de acontecimentos onde a educação é torturada e os professores no Brasil sofrem uma violência generalizada, à vontade e esperança de ser professor é morta no país? Qual sua opinião sobre esse assunto?
    Pergunto isso pois me entristece a cada dia ver noticias onde pessoas deixam a docência por conta de agressões, além dos acontecimentos atuais das greves que se alastram em todas as áreas da docência do país, reprimidas ferozmente pelo estado.
    Att.
    Gustavo Silva de Moura

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    1. Gustavo, concordo com suas ponderações. Sim, eu acho que atualmente vivemos tempos difíceis para ser professor. A profissão é pouco estimulante do ponto de vista salarial, e passa por um processo de desrespeito. Isso me entristece, tenho na família tias que foram professoras, hoje com 80 anos ou mais, e elas tem orgulho de terem sido professoras, eu fico pensando se no futuro teremos isso. De toda forma, eu gosto da profissão, e sei que tem muita gente que gosta. Lhe recomendo um artigo lúcido de Eliane Brum, em http://brasil.elpais.com/…/11/opinion/1431351138_436101.html
      Abraços e bom trabalho, não vamos desistir da profissão!

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  3. De acordo com sua experiencia, como podemos impulsionar a curiosidade dos alunos a ponto deles se posicionarem sobre o assunto trabalhado em sala? Att: Danusa Carolina Muller

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    1. Danusa, esta é uma questão muito difícil de responder. Acho que primeiro temos que gostar de história, então podemos contagiar os alunos. Com certeza muitos não vão gostar, não tem como, nunca vamos conseguir atingir todos em todos os momentos. Hoje em dia é difícil levantar uma discussão política, as pessoas não querem discutir. De toda forma, acho que a diretriz é fazer o aluno perceber que aquilo é importante para a vida dele. E o mais difícil é que para fazer isso temos que conhecer um pouco das culturas juvenis, e experimentar conexões entre os temas de história e as culturas juvenis. É um grande desafio. Não vamos desistir. Bom trabalho.

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  4. Na sua opinião podemos acrescentar que um professor de História deve definir o conceito de "história"como matéria,para que os alunos saibam diferenciar entre outros conceitos existentes? Att:Danusa Carolina Muller

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    1. Danusa, acho que eu prefiro que se diga que a história é uma disciplina, e um campo de conhecimento. Acho que ela é uma ciência, uma das ciências humanas, mas não é como as ciências exatas. O mais importante, como você perguntou acima, é fazer com que a história faça diferença na vida dos alunos, seja vista como um conhecimento importante. Isso é que é dificil nos dias que correm, onde todos vivem num presentismo.

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  5. Será que a dificuldade de ser um “bom professor/professora de História” se dá ao fato de que temos sérios problemas em apreender os conteúdos historicamente acumulados pelas gerações, sob a ótica filosófica e ensiná-los com as metodologias que focam a lógica dialética e a ontologia do ser social? (professora Cristina M. B. Teixeira, do Curso de Formação de Docentes – curso profissionalizante do Ensino Médio)

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    1. Profa. Cristina, penso que a história é boa para despertar reflexões de natureza filosófica, especialmente porque trata do caminho percorrido pela humanidade, seus enfrentamentos, os regimes políticos que construiu, como as sociedades resolveram problemas de sobrevivência. A lógica dialética é um dos modos de pensar a história, há outras vertentes teóricas. De toda forma, o mais importante é fazer recortes em toda a história da humanidade, e apresentar aos alunos de hoje o que pode lhes trazer impacto em suas vidas. Isso exige que o professor conheça bem a história, e conheça bem os desafios contemporâneos, para fazer os recortes. Bom trabalho.

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  6. Eu tinha postado anteriormente mas o comentário simplesmente desapareceu.
    Eu acredito que uma boa professora de história é aquela que toma parte no processo educativo dos seus alunos, que os enxerga como seres em desenvolvimento e acompanha, na medida do possível, os seus passos. Não se trata de "ser amiga" do aluno, ou adotar uma postura de "mãe protetora", mas sim de acompanhamento do processo e reconhecimento e respeito à individualidade de cada um. Não precisa saber o nome de todos os alunos de cor, mas buscar reconhecer a subjetividade de cada um. Estudos mostram que alunos que são lembrados e reconhecidos tendem a participar mais e a se sentirem parte integrante dos processos em sala de aula

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  7. Eu tinha postado anteriormente mas o comentário simplesmente desapareceu.
    Eu acredito que uma boa professora de história é aquela que toma parte no processo educativo dos seus alunos, que os enxerga como seres em desenvolvimento e acompanha, na medida do possível, os seus passos. Não se trata de "ser amiga" do aluno, ou adotar uma postura de "mãe protetora", mas sim de acompanhamento do processo e reconhecimento e respeito à individualidade de cada um. Não precisa saber o nome de todos os alunos de cor, mas buscar reconhecer a subjetividade de cada um. Estudos mostram que alunos que são lembrados e reconhecidos tendem a participar mais e a se sentirem parte integrante dos processos em sala de aula

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    1. Denise, concordo completamente com você. Temos que gostar de acompanhar o crescimento intelectual dos alunos, e nos alegrar com isso. Essa é uma alegria que vamos levar para sempre na vida, e que nossa profissão é rica neste aspecto. Como você diz, lembrar de um aluno pode ser lembrar que ele disse algo, fez algo, podemos ter esquecido o nome dele, e ele vai entender se isso acontecer, desde que perceba que nos esforçamos para lembrar de cada um. E se não sabemos o nome, ou não lembramos nada daquele aluno, perguntamos com honestidade, explicamos que temos muitos alunos, que nos esforçamos, mas que por vezes não conseguimos. O que não podemos é passar indiferença, aí a coisa não anda. Bom trabalho a você, e não vamos desistir!

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  8. Professor Fernando, eu sou professora de História e Geografia a 5 anos e concordo com seu posicionamento. Ensinar História não é uma tarefa fácil, a gente ouve muitos alunos falarem " Eu não gosto de História porque é muita data, muito texto". Eu também não gostava porque as aulas de história que os professores trabalhavam era voltada a datas comemorativas, cópias de textos e nada mais.
    Hoje eu adoro ensinar história para meus alunos e tenho orgulho de dizer que meus alunos adoram a aula de história. Como eu não gostava das aulas de história eu uso outros meios , me preparo bastante para as aulas e utilizo diferentes dinâmicas. Busco sempre falar sobre o tema utilizando imagens, fazendo dinâmicas com os próprios alunos na sala de aula, promovendo debates, trazendo a realidade para a sala de aula.
    A minha dinâmica é sempre bem aceita pelos alunos porque a aula se torna mais dinâmica, todos querem participar e os alunos conseguem aprender. Não adianta somente ler ou falar, é necessário exemplificar, chamar os alunos, fazer com que eles participem citando exemplos, questionando, debatendo sobre o tema.
    Concordo também com a questão número 2. Saliento que trabalhar o passado sem contextualizar deixa a aula de História muito monótona, faz com que os alunos deixem de gostar da disciplina.
    No meu entendimento, um bom professor de história busca trabalhar com o passado e com o presente, explicar situações atuais através dos acontecimentos passados, como por exemplo: trabalhar a situação atual do Brasil contextualizando com o início da colonização, as causas, as consequências dos problemas.
    Eu li em muitos artigos onde os professores ressaltam que é necessário modificar os livros didáticos, porque o livro didático traz muito sobre algo, mas pouco sobre temas importantes.
    Professor Fernando eu pergunto. Basta somente modificar os livros didáticos se ainda há professores ensinando que os portugueses descobriram o Brasil. Infelizmente há professores que não são nem de direita, nem de esquerda, somente repassam aos alunos o conteúdo do livro didático. Neste caso, para uma boa aula de história é necessário somente investir em livros didáticos ou é necessário que o professor busque uma formação contínua através de diferentes meios para o sucesso de sua formação.

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    1. Inês, concordo com suas colocações, e fico muito feliz em ver que você está feliz sendo professora de história. Sei que é dificil nos tempos que correm ser professor, mas se não estivermos felizes na profissão que escolhemos, então não vai funcionar. Estar feliz não significa deixar de reconhecer os problemas. Faço votos que você siga sempre gostando do que faz, mesmo com os problemas que existem, que aliás existem em outras profissões também. Concordo com você que ficar por demais atrelado ao livro didático não desperta curiosidade. O livro didático é uma das ferramentas da boa aula de história, mas não podemos passar todo o ano letivo nele. Os alunos tem que perceber que inventamos outros modos de ensinar história. Os alunos tem que perceber que também somos autores de conhecimentos e metodologias de ensino. Caso contrário, será dificil eles nos respeitarem. Abraços e bom trabalho.

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  9. Vicente Moreira da Silva11 de maio de 2015 às 18:19

    Posto os argumentos em torno das possíveis características de um bom professor de História, faço algumas considerações que, a meu ver são importantes:
    1. O professor de História deve ser um eterno pesquisador e um bom leitor;
    2. Tem que levar em conta que a História foi e continua sendo construída por homens (desmistificando a seu tempo as figuras heróicas), as quais fizeram parte das concepções pedagógicas e na formação de muitos professores;
    3. Há de se entender que a História não é apenas passado, mas estabelece amplas relações com o presente.
    4. O bom professor de História deve utilizar diferentes ferramentas de ensino para que o aluno sintam-se instigados e motivados a debater e aprender cada vez mais.
    5. A História não pode ser vista como uma disciplina para decorar conteúdos e sim, como possibilidade de formação do senso crítico, como instrumento de debate de questões sociais e como perspectiva de transformação de realidades.
    6. Por fim, destaco o item 1: tem que gostar de História. Aprimoraria destacando que além de gostar de História tem que gostar de ensinar e aprender com seus alunos.Tem que gostar de ser professor ou professora.

    Vicente Moreira da Silva - Iretama


    Faço uma provocação: por que tantos alunos da Educação Básica vêem a História como uma disciplina

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    1. Vicente Moreira da Silva11 de maio de 2015 às 18:25

      Em relação à provocação: Por que tantos alunos da Educação Básica vêem a História como uma disciplina massante e até mesmo "cansativa"? Perspectivas metodológicas? Escassez de recursos didáticos? Necessidade de mudanças de concepções acerca do que penso em relação à disciplina?

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    2. Vicente, concordo com todas as suas ponderações, por mim elas ficam acrescentadas na lista inicial. Destaco como bastante importante, como você já disse, é ter uma aula que faça o aluno aprender a ter opiniões argumentadas, e isso eu chamo de senso crítico também. E de fato a gente tem que gostar, da história, e de ser professor, o que não significa desconhecer os problemas da profissão, mas todas as profissões tem problemas. Abraços e bom trabalho.

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    3. Em relação a provocação, não há como negar que muitas coisas levam a escola a ser cansativa, e algumas delas é difícil o professor modificar, porque são coisas de gestão, administração. Mas há coisas que estão no nível de cada professor resolver ou encaminhar, e isso pode ser feito, e isso faz muita diferença. Para mim, o mais importante é saber recortar temas adequados, e ter boas estratégias didáticas.

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    4. Vicente Moreira da Silva13 de maio de 2015 às 05:27

      Destaco como pertinente à questão um ponto importante, que trata sobre a formação de um professor leitor e de um professor pesquisador na Educação Básica. Penso que para além do livro didático, outros materiais que podem servir de subsídios ao trabalho do professor só se fará presente se houver a vontade e o comprometimento de buscar diversificações metodológicas, como o uso de revistas (as quais são citadas em comentários aqui). Para além dessas questões, o desafio que o professor de História tem é o de realmente fazer com que as aulas de Histórias sejam significativas e interessantes para aluno e professor. Se demonstrar a "paixão" pelo que faz e pelo que fala, pelo que aprende e pelo que ensina creio ser um bom caminho em direção à mudança.

      Vicente Moreira da Silva
      Iretama

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  10. Realmente concordo quando diz que o aprendizado fica mais interessante quando percebemos que o professor (palestrante) é um apaixonado pelo tema apresentado. Acredito que isto se dá quando o lucutor é um profundo conhecedor do assunto em pauta, concorda comigo? Eulália Ribeiro da Silva (lia2brasil@hotmail.com)

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    1. Professora Lia, sim, concordo. Penso que o professor deve se habituar a leituras acerca dos conteúdos que leciona, e eu recomendo em geral as revistas de História que circulam todo mês, e que muitas vezes são disponíveis nas escolas, como a revista de História da Biblioteca Nacional, História Viva e outras. Também é bom consultar sites e comunidades do facebook onde se fala sobre história. Acho que assim se alimenta o gosto pela história. Não penso que o professor de História do ensino fundamental e ensino médio deva ser absolutamente especialista em tudo que se produz na história, mas ele deve buscar se atualizar, na medida de sua possibilidade, e cultivar o gosto pelo conhecimento, e a alegria pelo ensino e por perceber que alunos e alunas passam a conhecer. Os alunos saberão perdoar o professor se ele eventualmente comete algum equívoco, e reconhece isso de modo honesto, pois ninguém consegue se manter atualizado hoje em dia com a velocidade da produção do conhecimento histórico. Abraços e bom trabalho.

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  11. Penso que uma boa professora ou professor de história independente de sua posição política precisa saber argumentar essa posição. Acredito que em História os alunos precisam aprender a justificar suas opiniões e não se deixar levar pelo senso comum, pela opinião da mídia. Cabe ao professor "ensinar" o aluno da importância de ter opinião própria.

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    1. Professora Ana, sim, concordo completamente. Acho que a sala de aula de História é o reinado das argumentações. Cada um pode defender sua opinião própria, mas com argumentação, buscando dados, refletindo, aprendendo a expressar posição política. O aluno será respeitado na medida em que argumentar porque pensa deste ou daquele modo, e deverá respeitar a posição do colega que pensa diferente. Acho que isso eles alunos vão lembrar, da professora que lhes respeitava a opinião, mas ao mesmo tempo levantava provocações para fazer pensar. Bom trabalho.

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  12. Jailma Nunes Viana de Oliveira12 de maio de 2015 às 06:31

    Parabéns pelo caráter aberto de seu texto. A preocupação com a nossa área, com a formação de nossos professores em história é importante para movimentar transformações positivas em nossas posturas, nossas intenções e propostas para o futuro. Sempre carrego comigo a inquietação com a divisão licenciatura/bacharelado e gostaria até que o professor conferencista me respondesse sobre sua opinião sobre essa “divisão” formativa e o impacto que ela produz no sentido da valorização docente em história, já que ser pesquisador produz uma hierarquia frente ao ser professor.

    Começaria questionando a palavra “perfil”. Tentei utilizá-la na titulação de uma pesquisa tempos atrás, mas senti que era muito pesada. Não sei se dá pra termos um perfil de professor já que são vários os caminhos e motivos que levaram aquela pessoa a escolher ser professor. Então poderíamos pensar em vários perfis que tem uma base de princípios comuns apropriadas na formação acadêmica...

    Respondi ponto a ponto, mas a caixa de comentários não suporta muitos caracteres, então selecionei alguns:
    1) Muito engraçado essa parte de “gostar de contar histórias”. Confesso que não me considero uma boa contadora de histórias (não sei se aqui está focado mais nas “estórias” ou dos assuntos disciplinares). Então não diria que isso seria definidor de uma pessoa que deseja ser professora de História. Já gostava de brincar de escolinha, sendo a professora, então daí o gosto de ensinar. Já meu gostar da História veio pela influência de professores de História que colocavam em cada assunto um olhar que gerava a necessidade de entendermos tal contexto, tal civilização; ou seja, na medida em que descobri que conhecer a História me levaria a tentar entender o meu contexto, os caminhos que me levaram a perceber o mundo em que vivo. Na graduação pude unir esses interesses vivenciando situações únicas com a pesquisa e a extensão com indígenas e a educação quilombola a partir da História. O debate, a conversa, a investigação, as perguntas: isso que me identifica com a área. Não me imagino em outra disciplina, mas conversando com as demais a partir da História.

    2) Concordo e muito com esse ponto. Lógico que a ligação simples com o que aconteceu ontem e foi noticiado no jornal acaba levando a um jornalismo que nós não somos formados e nem é o nosso objetivo. Por isso que vejo a História como uma possibilidade de contextualizar e perceber os acontecimentos sob um viés de resgate de experiências históricas passadas ou interligadas ao que acontece no presente. É maravilhoso fazer uma discussão que leve o estudante a discutir o seu entorno e a compreendê-lo sob uma perspectiva histórica.

    5 e 6) É o pensamento que mais defendo. Que adianta conhecer tanto a História se não nos indignamos, ou ficamos felizes, ou sentimos o peso do que aconteceu, seja positivo ou negativo? Perceber o impacto de determinados acontecimentos também influenciam no modo como nos posicionamos frente as situações cotidianas. É preciso dar espaço pra o estudante questionar, opinar e se perceber ativo.

    6) Infelizmente essa relação com outras áreas ainda é vista com preconceito ou resistência. Mas acredito que a História sozinha não faz o seu trabalho.

    9) É polêmica essa questão na medida em que vivemos atualmente numa divisão política no Brasil. Não considero saudável essa luta entre esquerda e direita. É preciso proliferar a tolerância no debate e a compreensão de que a discordância de posições é inevitável, porém não precisa ser danosa para o convívio social. O professor precisa localizar esses debates políticos e fazer com que os alunos percebam criticamente e tomem suas posições, concordantes ou não.

    Obrigada pela atenção!

    Jailma Oliveira - Rio Grande do Norte (jailma.viana@gmail.com)

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    1. Professora Jailma, eu também não gosto da divisão bacharelado e licenciatura. Na sala de aula, precisamos de um professor que saiba ensinar, e que saiba como se faz pesquisa histórica, mesmo que ele tenha feito isso poucas vezes. Pois um professor ensina conteúdos e métodos de pesquisa, ensina conhecimento histórico e ensina os modos pelos quais se produz o conhecimento histórico. Quanto a contar histórias, me refiro a saber narrar episódios históricos, com gosto, coisa que se aprende fazendo, mas cada um faz de seu jeito. Concordo totalmente com suas posições sobre promover debate, e estabelecer conexões com o entorno em que vivem os alunos. Somente desta forma o aluno poderá sair da aula interessado em conhecer a história, pois terá percebido que ela faz diferença em sua vida. Por vezes, será interessante tratar da história de tópicos que eles valorizam, como a história do rock, a história do computador, histórias das relações de gênero e sexualildade (história do casamento e do amor, por exemplo). Abraços e bom trabalho.

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  13. Excelente texto, nos leva uma reflexão sobre o papel do professor\a de História, no entanto não existe nenhuma regra pronta que transforme um graduando do curso de História em um bom professor/a de História, não que o texto sugira isso. No entanto é necessário que o graduando, tenha boas leituras e boas discussões, como esta por exemplo, para que desenvolva juntamente com a teoria a sua pratica pedagógica que elenque no minimo o desenvolvimento atividades que desperte o interesse do aluno por sua História, que cria possibilidade que o aluno desenvolva a criticidade, caraterística que deve estar presente no professor\a, para a compreensão e atuação na sua História local. Quais são, na sua opinião 3 características que não devem faltar em um professor\ade História para que o mesmo tenha sucesso no desenvolvimento do seu processo de ensino levando o aluno a aprendizagem de forma concreta?

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    1. Professora Mazilda, concordo com suas considerações. Se tivesse que selecionar 3 marcas identitárias do professor/a de História, diria que: 1) tem que gostar de História, é algo que um pouco se aprende, e muito se cultiva. Em todas as profissões temos gente que não gosta do que faz, e no magistério isso traz consequências muito negativas, pois o aluno percebe que a pessoa lá na frente dele no fundo não gosta daquilo, não gosta nem da matéria nem do que faz. 2) tem que gostar de gente, de jovens, de se comunicar. Não é necessário gostar dos gostos dos jovens, eu mesmo não gosto de muitas as músicas dos jovens, mas gosto de estar entre jovens, e de perceber do que eles gostam. 3) tem que ter coragem, hoje em dia ser professor é um grande desafio, recomendo a leitura do texto de Eliane Brum em http://brasil.elpais.com/…/11/opinion/1431351138_436101.html
      Bom trabalho.

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    2. Obrigada pela sugestão de leitura, concordo com você acima de tudo tem que ter coragem, pois ser professor é um grande desafio e de História é um desafio duplo, pois a História e subjetiva e muda a cada minuto.

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    3. Profa. Mazilda, de fato a gente tem que QUERER ser professor, e tem que renovar esse desejo e cultivar ao longo da vida. E .para isso tem que ter coragem. Bom trabalho.

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  14. Uma questão que também acredito ser importante é conscientizar ao aluno que ele faz parte da história, que a História está sendo recontada a cada minuto, por ele e pelos seus contemporâneos e que daqui a alguns anos, momentos atuais importantes estarão nos "livros". E que por isso precisamos de todo um processo de reflexão de nossas atitudes. Rubiamara

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    1. Professora Rubiamara, sim, acho isso um grande desafio, fazer o aluno entender que ele faz parte da história, a história da humanidade não é um processo exterior a ele. Se ele achar que a história é algo “dos outros”, nunca vai perceber que pode modificar o curso da sua vida e da vida política do país. Infelizmente, a grande imprensa apresenta os fatos sempre como feitos por grandes pessoas, e diminui a importância dos jovens, dos humildes, das minorias. Esse é um desafio enorme nas aulas de história. Bom trabalho.

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  15. Penso que uma boa professora de História é aquela que tenta desenvolver o pensamento histórico nos alunos. Isso não é tarefa fácil. Que atividades sugere para que isso ocorra?

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  16. Professora Janaína, é difícil citar atividades. Acho que a diretriz a ser seguida é que temos que fazer o aluno pensar em cada tema – sua casa, seu bairro, sua vida, seus gostos, suas posições políticas, seu país – como sendo produtos de uma história, e não como coisas dadas desde sempre, que nasceram assim e não se podem modificar. Esses dias vi uma ótima atividade na internet em relação aos gostos, comparando gerações passadas e atuais. Nosso paladar foi se modificando com o tempo, e hoje temos uma oferta alimentar que nos faz conhecer outros sabores. Minha vó não conhecia curry, nunca tinha provado. Hoje em dia ele é vendido em supermercados de modo comum. Podemos pensar então que a minha vó não iria reconhecer uma comida feita com curry como sendo curry, com este nome. Acho que uma boa pergunta é “porque será que eu sou assim, penso assim, gosto disso ou daquilo?”. Atrás de cada tema há uma história. Com isso, nossos alunos vão perceber que o mundo não é uma coisa dada, ele foi produzido historicamente, e segue em produção. Bom trabalho.

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    1. Sim Júnior, isso é um desafio. Temos que pensar que no futuro, com a escola de turno integral, teremos mais tempo para oficinas, aulas livres, atividades com temas do interesse nosso e dos alunos. E temos que apostar em encontros e parcerias com colegas, não digo com todos eles, mas com aqueles com quem a gente afina melhor. Lembrando sempre que os programas de história são uma sugestão, e o professor tem autonomia para efetuar recortes. Bom trabalho.

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  18. Um bom professor de História realiza conexões entre as outras disciplinas, é atual, promove debates, contribui para o despertar do senso crítico e respeita a opinião dos alunos. Como realizar tão façanha em sala de aula com os nossos Currículos de História cada vez mais resumidos?

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    1. Sim Júnior, isso é um desafio. Temos que pensar que no futuro, com a escola de turno integral, teremos mais tempo para oficinas, aulas livres, atividades com temas do interesse nosso e dos alunos. E temos que apostar em encontros e parcerias com colegas, não digo com todos eles, mas com aqueles com quem a gente afina melhor. Lembrando sempre que os programas de história são uma sugestão, e o professor tem autonomia para efetuar recortes. Bom trabalho.

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  19. Boa noite professor Fernando. Estou encantada com seu texto e me atrevo a acrescentar que para ser um "bom professor de História" a pessoa tem que primeiramente QUERER ser um bom professor de História. A partir do momento que se trabalha com o que se gosta, o trabalho perde o sentido de "ter que dar aula" passando a ser "quero dar aula". Nada como o brilho nos olhos de quem trabalha com o que gosta. Acredito que esse seja o ponto de partida para todos os itens que você pontuou. E obrigada por nos dar a oportunidade de refletir sobre este tema.
    Rebecca Carolline Moraes da Silva - UEL

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    1. Professora Rebecca (acho que ainda aluna, mas futuramente professora), sim, acho que você foi no ponto exato, a pessoa tem que querer. Isso é fundamental, isso é difícil de ensinar, mas o querer tem que ser renovado todos os dias, temos que nos esforçar um pouco para continuar querendo, cultivando a leitura, o gosto pelas aulas, não se deixando abater. A profissão tem desafios, claro, mas tem muitas alegrias, e é uma profissão criativa, no meio de tantas profissões que são tão massacrantes. Bom trabalho e bons estudos.

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  20. Boa tarde, professor.Tudo bem?
    Que artigo excelente,muito ,muito bom.Li e aprendi muito.Certamente irei reler de tempos em tempos afim de me tornar um bom professor de Historia.
    Bem,ainda não sou professor,antes,aluno do 1 ano de Historia.Assim sendo,so tenho que aprender com a experiência daqueles que querem dividir seus conhecimentos.
    Obrigado,professor.
    Como disse ainda tenho muito a trilhar ,mas o texto me fez refletir:

    O que torna um bom professor seria a opinião dada pelos alunos que conseguem entender essa incompreendida ciência por meio da ajuda de um professor interessado em reinventar esta ciência,tornando-a parte da vivencia dos aluno.Tornando a Historia algo cativante e que faz sentido pratico para os alunos.
    Difiçil tarefa.Gratificante tarefa.

    Pergunta:
    O professor ,em seu longo trajeto acadêmico,fez uso de quais autores e/ou metodologias ?
    Recomendaria que linha de pensamento historiográfico?
    Acredita que a atual situação com a educação afeta a produção de conhecimento historiográfico ou depende muito do esforço herculano dos interessados em produzir esse conhecimento?

    Wander Alexandre Araujo Miranda . Bauru-SP

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    1. Futuro Prof. Wander, sim, penso que a tarefa é difícil, mas é gratificante, mesmo com todos os problemas que enfrentamos, é melhor do que muitas outras profissões atuais. Ao longo do meu percurso em História passei por vários períodos e fases, tendo me aproximado mais de alguns autores do que de outros. Sou da geração do pensamento marxista muito forte, depois fui trilhando cada vez mais o rumo da história social. É difícil recomendar uma linha de pensamento historiográfico, isso tem a ver com posições pessoais, políticas e profissionais de cada um. Hoje em dia me inclino para autores da história cultural, gosto muito dos clássicos como Hobsbawm, Thompson, e de muitos franceses. Como trabalho com questões de gênero e sexualidade, Foucault é um autor indispensável. Acho que continuamos tendo um ótimo desempenho na produção historiográfica, embora as crises no ensino superior. Bom trabalho, e boa carreira futura.

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  21. Ao afirmar que “Mas ele (o professor de história) sabe que não será através de uma estratégia autoritária que se conseguirá a mudança. O bom professor de história aposta no debate, e traz elementos para ajudar a pensar.”, o autor não estaria sendo ingênuo ao acreditar que ajudar a pensar poderá mudar a “doutrinação”que alguns jovens têm com relação ao outro?
    Joana d'Arc Conrado

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    1. Profa. Joana d'Arc você leciona a disciplina correta, pois tem inclusive um nome histórico de grande força! Acho que o que vale é o aluno perceber que o professor está mais interessado em promover o debate do que em fazer com que o aluno concorde com suas próprias posições. Claro que entre os jovens, e na relação do jovem com outros adultos, podemos ter muitas situações do que estou chamando de “doutrinação”, ou seja, preocupação maior em fazer com que o sujeito concorde comigo do que em promover o debate. Infelizmente, assistimos muito isso no Brasil, práticas autoritárias para fazer com que o sujeito seja levado a concordar com alguma posição, sem permitir o amplo debate das ideias. Mas penso que o aluno irá valorizar o professor que ele percebe que se interessa pelo debate, organiza as diferentes posições, coloca em diálogo, estabelece um clima de respeito pela diversidade ideológica na sala de aula. Claro que isso não é nada fácil de fazer, mas penso que vale o esforço. Bom trabalho.

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  22. Pergunta: Muito interessantes os itens elencados para o bom professor de História. Não retirarei e nem acrescentarei, pois se o professor, da atualidade, conseguir, pelo menos 2 itens, ele já estará fazendo a diferença na sala de aula. Quais seriam as qualidades para os professores de outras disciplinas?

    Fabiola Elisa de Araújo

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    1. Profa. Fabíola, que bom que gostou da listagem. Penso que em qualquer disciplina, o mais importante, como já foi comentado por colegas aqui no simpósio, é querer ser professor, e ir cultivando esse gosto ao longo da vida, que com certeza não é fácil, mas é necessário inclusive para a felicidade pessoal de cada um. E acho que em cada disciplina há traços específicos, que distinguem o estilo de professor. Cabe a nós na história ir construindo estilos de ser bons professores de história, e marcando positivamente nossa disciplina frente aos alunos. Bom trabalho.

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  23. Ao refletir sobre a missão de ser um bom professor/a, penso que o mesmo deve em primeiro lugar dominar o conteúdo proposto de forma a transformá-lo em algo interessante aos alunos. Assim, estes irão sentir a necessidade de participar das aulas, buscando sempre por conteúdos para enriquecer o debate e a exposição dos fatos. Tanto professor/a, quanto aluno/a deve sempre procurar se colocar no ambiente/contexto do ocorrido.
    O que observamos é que as aulas são ministradas pelo/a professor/a como algo expositivo, distante da realidade dos alunos, o que torna a aula desinteressante.
    Por exemplo: ao se falar de um determinado acontecimento histórico, precisa levar os alunos a ver como era a realidade da época, a se colocar na história. Assim, observo que o interesse e a aprendizagem dos mesmos é maior e possibilita uma aula mais dinâmica, despertando o interesse dos alunos em buscar mais conhecimento, como os costumes da época e do povo, as imagens do seu cotidiano, etc. Aí entra em cena a tecnologia.
    Concluo meu ponto de vista que, o/a professor/a de qualquer disciplina pode ser progressista, de esquerda ou de direita, porém precisa se manter imparcial e levar os alunos ao debate realista, buscando o conhecimento técnico e também o político. Para isso é preciso dominar o conteúdo e também se manter atualizado aos acontecimentos. Para tal necessita que o/a professor/a participe dos acontecimentos atuais, buscando o conhecimento da realidade.

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    1. Prof. Marcos Antonio, concordo com suas ponderações. Nossa missão é levar os alunos ao debate, e para isso como você diz o professor deve ter uma inserção na realidade. Assim como o professor deve respeitar o ponto de vista do aluno, o aluno e a comunidade escolar devem respeitar o ponto de vista do professor. Esse é um aprendizado muito importante para a vida, algo que está em falta no Brasil, e que podemos trazer nossa contribuição. Acho que o aluno se lembrará com saudade de um professor que respeitava suas posições, mesmo que este professor tivesse pontos de vista que não coincidiam com os do aluno. Bom trabalho.

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  24. Simone Rita Castagna14 de maio de 2015 às 08:41

    Como bom professor(a) quais as fontes que poderia ser tirado da matéria de História para poder incluir em algumas matérias como a Geografia,Ciências e Matemática que assim os alunos teriam mais chances de aprenderem mais sobre a História em todos os sentidos. meu nome Simone Rita Castagna.

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    1. Profa. Simone, é difícil responder fazendo uma lista. Mas penso que um bom professor de história consegue trabalhar com colegas de outras áreas, mostrando que a história está presente, e ajuda a explicar, outras disciplinas. Conforme comentei, ele pode junto com o professor de Matemática tratar da história do algarismo zero, ou pode tratar da história da digestão com a professora de Ciências, e assim por diante. Claro que isso só poderá ser feito se tivermos bons colegas de trabalho, mas sempre temos alguns com quem se pode trabalhar. Penso que é por aí que se pode caminhar. Bom trabalho.

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  25. Quando o autor enfoca no segundo tópico da lista de quesitos para um “bom professor de história”, indicando que o mesmo tem que se ligar nos acontecimentos do presente, bem como trazer modos em que povos do passado enfrentaram as mesmas situações da atualidade, mas usando outras estratégias. Sendo assim, que medidas o professor deve adotar para atuar de maneira mais significativa e eficaz no que se refere a fatos atuais e passados, sabendo que esse processo encontra-se fragilizado?

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    1. Profa. Rosilene, eu penso que um bom professor de história se mantém informado dos acontecimentos do presente, e procura discutir isso com seus alunos. Também acho que miutas vezes é possível fazer conexões entre o estudo de sociedades do passado e questões que enfrentamos hoje em dia, no mundo em que vivemos nós e os alunos. Claro que todo este processo é fragilizado, fragmentado, mas são possiveis indagações entre passado e presente, a partir de questões que queremos discutir. Acho que isso torna a aula mais atraente, e ensina ao aluno que a história é uma disciplina que ajuda efetivamente a entender o mundo. Bom trabalho.

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  26. De acordo com o autor “Uma boa professora de História não esquece em momento algum que há conexões muito fortes entre conhecer a história e reivindicar seus direitos de cidadania no presente.” A partir dos apontamentos a questão é: Como os professores de História vêm conduzindo esse trabalho na construção de alunos formadores de opinião e reivindicadores de seus direitos?

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    1. Profa. Eliane, há muitos modos de conduzir. Conheço professores que utilizam a ferramenta que apresento abaixo, e com isso envolvem os alunos na participação política em sua cidade, bom trabalho!
      Ferramenta absolutamente maravilhosa para aulas de História e Sociologia nos dias atuais. Hoje dediquei um tempo a mexer numa plataforma virtual chamada LEGISLANDO que está em http://legislando.nossascidades.org/about Esta plataforma permite a criação de projetos de lei, e ela faz parte de uma iniciativa chamada Rede Nossas Cidades, e para se filiar nesta rede se deve acessar https://accounts.nossascidades.org/ Vale muito a pena fazer o cadastro e se associar na Rede, ela já coloca a pessoa em sintonia com as lutas da cidade onde a pessoa mora, embora no momento Porto Alegre ainda não esteja incluída, mas isso pode vir a acontecer se mais gente se associar.
      A plataforma LEGISLANDO é muito didática, fácil de usar, explica de modo claro o funcionamento das casas legislativas, e permite que se crie um projeto de lei e que se encaminhe para ser adotado por um parlamentar. Se associando na Rede Nossas Cidades temos acesso a outras ferramentas, vejam os nomes: a Panela de Pressão, o Imagine, o Multitude, o Compartilhaço, o De Olho, o De Guarda. Enfim, fica a dica, não apenas para as aulas, mas para movimentos sociais.

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  27. Não se pode mais admitir como característica, de um bom professor de história, a ênfase em leituras e cópias de recortes de textos, bem como perguntas e respostas. Como auxiliar o professor a dinamizar seu trabalho?

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    1. Fica a sugestão da ferramenta abaixo, para envolver os alunos na participação social a partir do conhecimento histórico da cidade e do país. Bom trabalho.
      Ferramenta absolutamente maravilhosa para aulas de História e Sociologia nos dias atuais. Hoje dediquei um tempo a mexer numa plataforma virtual chamada LEGISLANDO que está em http://legislando.nossascidades.org/about Esta plataforma permite a criação de projetos de lei, e ela faz parte de uma iniciativa chamada Rede Nossas Cidades, e para se filiar nesta rede se deve acessar https://accounts.nossascidades.org/ Vale muito a pena fazer o cadastro e se associar na Rede, ela já coloca a pessoa em sintonia com as lutas da cidade onde a pessoa mora, embora no momento Porto Alegre ainda não esteja incluída, mas isso pode vir a acontecer se mais gente se associar.
      A plataforma LEGISLANDO é muito didática, fácil de usar, explica de modo claro o funcionamento das casas legislativas, e permite que se crie um projeto de lei e que se encaminhe para ser adotado por um parlamentar. Se associando na Rede Nossas Cidades temos acesso a outras ferramentas, vejam os nomes: a Panela de Pressão, o Imagine, o Multitude, o Compartilhaço, o De Olho, o De Guarda. Enfim, fica a dica, não apenas para as aulas, mas para movimentos sociais.

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  28. Maria Cristina Gasques Campos14 de maio de 2015 às 11:58

    Um bom professor de história poderia ser de esquerda ou de direita. Tais posturas, não seriam decorrentes mais de uma concepção política do que de conhecimento da história?

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    1. Profa. Maria Cristina, com certeza, elas são mais da concepção política. Ocorre que a história e a política guardam conexões muito próximas. Desta forma, se temos certos princípios políticos progressistas, por exemplo, vamos tender a ensinar uma história em que se busque a igualdade de oportunidades, e se valorizem as lutas sociais. Se ao contrário achamos que o mundo é assim mesmo, os mais fortes mandam nos mais fracos, vamos a tender a valorizar regimes autoritários. Bom trabalho.

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  29. Cristiana Dionízio Teixeira14 de maio de 2015 às 16:35

    Muito bom texto. Se a maioria dos professores tiverem ao menos dois quesitos já serão bons...(Espero que eu tenha) O problema é que uma boa aula não depende só de um bom professor. Sou graduanda do 4º ano de História, e em meus estágios verifiquei salas superlotadas, aula de História de 50 min. espremidas entre duas aulas germinadas de outras disciplinas, a tecnologia sempre mais atraente que a aula. Diante dessas dificuldades será que o professor deve se aproximar da realidade do aluno, de sua "cultura juvenil" para ter o que dialogar sobre assuntos extra curriculares? Gostaria de saber mais sobre a cultura juvenil e se há revistas que abordam o tema.

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    1. Profa. Cristiana, com certeza uma boa aula de história depende de outros fatores, para além de um bom professor. Acho que o bom professor faz muita diferença, mas sózinho não tem como, é necessário estrutura. Quando me refiro a conhecer as culturas juvenis dos alunos, é no sentido de que a história vai ganhar sentido para eles dentro do horizonte de significados das vidas deles. Então é necessário que a gente conheça as culturas juvenis, ou seja, os modos de cada aluno de viver a sua vida de jovem. Há revistas de banca sobre temas de culturas juvenis, e uma parte disso podemos saber perguntando a eles. Fizemos esses dias um evento em uma das escolas em que cada aluno escolheu seus três heróis, e depois apresentou e argumentou porque tinha escolhido. Me dei conta que eles sabiam falar sobre seus heróis, e estes heróis eram bem diferentes daqueles da minha geração. Mas com isso conseguimos conhecer melhor os alunos para os quais damos aula. Bom trabalho.

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  30. Natania G. Teixeira14 de maio de 2015 às 17:33

    Para ser uma boa professora de História acredito que a professora, indiferente de ser de esquerda ou de direita, ainda tenha a capacidade de se indignar com as injustiças sociais, de perceber que as ações dos governos, independentes de partido político, afeta a todos, porém dentro de alguns "critérios" uns são mais afetados, outros menos. E que todo direito reconhecido atualmente foi conseguido pela reivindicação de muitos no passado. E sem o professor para realizar essa mediação, só resta TVs e revistas manipulando a opinião e deturpando a realidade.

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    1. Profa. Natania, de fato, a capacidade de se indignar, e de mostrar que muito do que conseguimos hoje em dia em matéria de benefícios sociais foi fruto da indignação e da luta de alguns, é de fato importante. A TV é uma grande inimiga nossa, não permite discussão, e só divulgar parcialmente o que acontece. Bom trabalho.

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  31. Rafael Moura Roberti15 de maio de 2015 às 04:38

    Quais os noves pontos formar o bom aluno de história? quais os nove pontos para formar um a sociedade que valorize a educação em si e não pela possibilidade de revertê-la em dinheiro?!

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    1. Prof. Rafael, está aí uma boa atividade para fazer em aula, listar os nove pontos para formar um bom aluno de história, perguntar a eles. E listar depois com eles os nove pontos para formar uma sociedade que valorize a educação, sem pensar que ela é apenas uma mercadoria. Eu de fato não tenho a resposta para isso, mas penso que seguramente nas duas listagens deve aparecer “ter um bom professor de História, que goste do que ensina, que saiba escutar e dialogar com as culturas juvenis”. Bom trabalho.

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  32. Em relação ao item 1 - A aula de História de um professor que é apaixonado por determinado assunto é mais atrativa e cativante, pois o professor consegue prender a atenção para aquilo que ele está discorrendo, pois não adianta nos iludirmos que os alunos não percebem quando o professor não domina determinado conteúdo, pois sua aula é baseada em cima de determinado material se tornando maçante e o aprendizado não ocorre, pois o mesmo quando questionado não supre a duvida do aluno.

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    1. Profa. Carolina, concordo completamente. Há que se ter um gosto pela matéria, e isso não tem como fazer por fingimento. Há que se cultivar o gosto pela história, ler revistas e materiais, ter curiosidade histórica. Não vamos conseguir empolgar os alunos no estudo de algo que nós mesmos não gostamos. Podemos até não dominar completamente o conteúdo, e admitir isso de modo honesto. Mas não temos como ter uma boa docência se não gostamos do que ensinamos. Bom trabalho!

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  33. Olá professor Fernando,

    Primeiramente gostaria de parabenizá-lo pelo belo artigo, não poderias ser mais feliz na escolha do tema.

    Pensando no que é “Ser um bom professor de História” decidi tomar a liberdade de elencar cinco fundamentos que considero essenciais e analisar um a um.

    Vamos lá...


    1) Ser apaixonado pelo o que faz
    Recordei na hora de Rubem Alves “"A tarefa do professor: mostrar a frutinha vermelha. Comê-la diante dos olhos dos alunos. Erotizar os olhos. Provocar a fome. Fazê-los babar de desejo. Acordar a inteligência adormecida. Aí a cabeça fica grávida: prenhe de ideias. E quando a cabeça engravida, não há nada que segure o corpo".

    2) Contextualizar e provocar
    Ficar atento ao presente e saber à hora de levantar o debate promovendo sempre que possível um momento de reflexão e posicionamento. Como o senhor mesmo citou é necessário “fazer com que seus alunos não apenas aprendam fatos do passado, mas busquem se posicionar frente a eles.”

    3) Promover a interdisciplinaridade
    Ser parceiro das outras disciplinas é fundamental. Por mais distantes que essas possam parecer... não podemos esquecer que tudo é História.

    4) Gostar de História
    Se sua cidade possui um museu decadente, se o vandalismo tomou conta dos monumentos da praça....Mãos à obra!
    Valorize a História Local, nada envolve mais seus alunos do que a ideia de pertencimento.

    5) Saber ouvir
    Promover um ambiente democrático em sala de aula, onde todas as opiniões sejam respeitadas e que se possa também respeitar a opinião do alheio.
    Procurar entender como pensa o jovem também é essencial e o mais belo nisso é poder ver como a juventude pode nos oferecer modos de ver totalmente diferentes do que estamos habituados.

    Espero que minhas anotações possam contribuir com o debate.
    Atenciosamente,
    Camila Braz Viscardi


















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  34. Profa. Camila, olá, gostei muito dos cinco itens elencados por você. Concordei com todos. Vou me deter um pouco no quinto item, saber ouvir. De fato, escutamos pouco no magistério, e falamos muito, e por conta disso por vezes nos atrapalhamos. Então concordo com você que temos que ter tempos e canais para escutar. Para isso, teríamos que ter mais horas de trabalho na escola, dedicadas a escutar e conversar com os alunos. No desenho da escola de turno integral, já praticada em muitos lugares, isso pode ser possível, mas teremos que lutar para que isso aconteça. Bom trabalho!

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    1. Este comentário foi removido pelo autor.

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    2. Que bom professor que temos o mesmo ideal: uma escola pública de qualidade e de ensino integral!

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